Os meteorologistas do Nordeste, reunidos, terça 24 e quarta 25 de fevereiro, na sede da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), no Jiqui, em Parnamirim,
após análise dos parâmetros climáticos, concluíram hoje que na região ao
Norte do Nordeste brasileiro a previsão é que “predomine a condição de
chuva de normal e abaixo do normal da média histórica, com grande
variabilidade temporal e espacial para o período de março a maio no
semiárido nordestino”. Com relação à reserva hídrica dos reservatórios
do Nordeste, considerando os volumes atualmente disponíveis e “com um
provável cenário de chuvas de normal a abaixo da média histórica para os
próximos três meses, sem expectativas de recargas expressivas, é
necessário a adoção de medidas para prolongar o horizonte de
disponibilidade hídrica para a região”.
A “II Reunião de Análise
e Previsão Climática para o Norte do Nordeste do Brasil começou na terça-feira com os meteorologistas de cada Estado fazendo uma exposição sobre o
comportamento das chuvas entre meados de janeiro a meados de fevereiro.
Para a previsão anunciada na quarta, os especialistas lembram ainda “que
como poderão haver mudanças significativas referentes aos parâmetros
oceanos/atmosféricos durante as próximas semanas, principalmente nos
oceanos, é de extrema importância um monitoramento contínuo nessas
regiões que possam inserir algumas mudanças no atual prognóstico”.
A
análise dos resultados dos modelos oceânicos, que simulam o
comportamento da temperatura da superfície dos oceanos para os próximos
meses, segundo os meteorologistas, mostra uma tendência de aquecimento
das águas superficiais do Oceano Pacífico, o que poderia significar a
formação do Fenômeno El Niño, situação essa que poderia prejudicar a
ocorrência de chuvas no semiárido Nordestino. No entanto, devido ao
comportamento apresentado nos últimos meses pelo oceano Pacífico, que
ora tem aquecido e ora resfriado, os meteorologistas, de forma unânime,
não levaram em consideração essa tendência, entendendo que o oceano
Pacífico irá, pelo menos nos próximos dois meses, mostrar uma tendência
de normalidade.
Afirmam ainda que, no caso do oceano Atlântico, a
tendência para os próximos meses é de uma situação do Atlântico Sul
levemente mais aquecido que o Atlântico Norte, o que indica uma condição
melhor na ocorrência de chuvas para aos meses de março, abril de maio
de 2015, quando comparada com a condição apresentada no mês anterior.
Por outro lado, os resultados dos modelos numéricos de previsão de chuva
para a região não foram levados em consideração na análise dos
meteorologistas, uma vez que esses modelos utilizam uma condição
prevendo o aquecimento do Oceano Pacífico, o que não vem se confirmando
nos últimos meses, prevalecendo, assim, a opinião de que as condições
sinóticas serão dominantes.
Fonte: EMPARN - Assessoria de Comunicação
www.emparn.rn.gov.br
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