quinta-feira, 14 de julho de 2016

Expedição Caraú Comemorativa - 8 anos (2008-2016) 1º dia


[primeiro dia - dom 10 jul]
Expedição Caraú Comemorativa - 8 anos (2008-2016)
com a participação de: Jack, Marina Luna e a cadela Cherepina
Às 3h da madrugada, depois de ter deixado tudo organizado, finalmente deitei na rede para dormir duas horas. Às 5h em ponto, acordei, tomei café e fui levando com o carro de mão parte do equipamento à canoa, já na beira do córrego. Ao voltar em casa, acordei Marina Luna, organizamos as últimas coisas, fechamos a casa, deixando bastante água e comida para as cadelas que iam ficar, e fomos pro porto das canoas.
Assim, arrumamos todos o equipamento na canoa e, por volta das sete e quinze, zarpamos para mais uma aventura.
Conversando e remando sem muito esforço, chegamos à Ilha E, onde paramos por um lanche simples. Intrépida, Cherepina se embrenhou no matagal da ilha e só voltou quando a chamamos repetidamente.
Voltando a remar, chegamos à foz do rio Caraú e, virando à esquerda, subimos o rio até avistar de longe o Campo Alfa, cuja mancha de baixas arvores sempre-verdes se reconhece à distancia.
Trocamos de margem e seguimos remando até o melhor local para fundear nossa canoa, um breve córrego á beira do qual estavam pastando duas vacas e um bocado de cabras.
A primeira a pular fora da canoa, naturalmente, foi Chereps. Depois de alguns breves rolezinhos em canoa pelas bandas do Sítio Araras, a cadela participa de sua primeira expedição. Para ela, criada à beira do mar mais salgado do Brasil, a água docinha do rio Assu deve parecer um milagre da natureza.
Com Cherepina sendo uma novata, muito pelo contrario Marina Luna mostrou ser já uma veterana da canoagem. Aos catorze anos, comportou-se como um proeiro experiente, remando com competência o tempo inteiro e avistando de longe obstáculos perigosos. Naturalmente, chegou bastante cansada. Depois de ter-me ajudado a carregar nossas coisas até a sombra do Campo Alfa, deitou na rede e dormiu umas boas horas.
Com o acampamento levantado e tudo organizado, deitei na rede eu também e dormi umas duas horas, das mais quentes do dia.
O Campo Alfa, como o nome indica, foi o primeiro acampamento que fundamos no Vale do Assu, em meados de 2008, quando com o proeiro Marcelo remontamos o rio até as cabeceiras, passando por baixo da ponte nova, por cima da ponte velha, com uma rápida portagem, e mais quatro quilômetros de um rio sempre mais estreito e baixo, até não ter mais água onde navegar.
Atualmente, após cinco anos de seca, não dá para chegar remando por baixo da ponte nova. Fora das rotas IGARUANA mais comuns, fazia já um tempo que não ia acampar no Campo Alfa, distante uns sete quilômetros das ruínas da antiga vila de Caraú, onde a gente sempre passa indo para São Rafael.
Quando o calor baixou bastante, fui dar uma caminhada nas cercanias e aproveitei para catar um pouco de lenha seca para acender o fogo. Cherepina me acompanhou, feliz da vida, correndo e pulando entres as pedras, ou no alto capim, que nesta época do ano começa a ficar amarelo e secar. Na caatinga, raramente é difícil arrumar isca, gravetos e alguns galhos secos graúdos para fazer um bom fogo. Logo que ficou acendido, coloquei a cafeteira no fogo.
Marina Luna acordou com fome. Ofereci-lhe frutas para comer enquanto o jantar não ficasse pronto.
Tirei umas fotos do pôr do sol, tomando meu café.
Pro jantar, um gostoso risotto vegetariano, mais um pedaço de carne de sol assado na brasa para a filhota amada. Todo mundo cansado, depois disso, rapidamente deitamos nas redes e dormimos.

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