SCHWENNAGEN, Ludovico
O Primeiro Descobrimento do Brasil em 1.100 a.C.
Em 950 a.C. entraram os Fenícios numa aliança com os povos
tupis, que moravam nas Antilhas e no país Caraíbia, hoje
afundado no Mar Caraíbico. Durante 50 anos emigraram os Tupis,
que eram um ramo dos povos cários e pertenciam à raça branca
atlanto-européia em navios fenícios, para o Norte e Nordeste do
Brasil.
Em 850 a.C. proibiu o Senado de Cartago a emigração para a "grande ilha do Oceano", receiando a despovoação completa do
território cartaginês. Esse fato prova que naquele tempo o
estado econômico do Brasil era tão próspero que esse país
atraiu muitos imigrantes.
Com o auxílio dos Tupis e aproveitando os indígenas tapuios
como trabalhadores, os Fenícios e os engenheiros egípcios por
ele contratados, iniciaram trabalhos extraordinários, no
interior do Brasil como indicam as inscrições, feitas em letras
fenícias e egípcias, ficou estabelecida a estação marítima
central perto do Cabo S. Roque, na ponta do Cabo S. Roque, na
ponta do Rio Grande do Norte.
Ali existe um lago, hoje chamado Boqueirão, que é ligado com o
mar por um canal, antigamente bem navegável.
Lá foi fundada a cidade Tyros (nova), nome que no correr do
tempo, mudou para Touros.
De lá saíam duas estradas centrais para o interior; uma no rumo
do Sudoeste, que ficou sucessivamente prolongada até o
Paraguai, para encontrar ali o ponto final da navegação dos
Fenícios, no rio da Prata, onde agora o teosofista coronel
Fawcet está procurando as ruínas duma grande cidade.
Essa estrada, desde o Rio Grande do Norte até a fronteira de
Mato Grosso, é indicada por mais de cem inscrições, dando as
distâncias em medida egípcias, como constatou o engenheiro
francês Apolinário Frot, que trabalha há 20 anos no interior da
Bahia.
Essa estrada central tinha muitos ramais para as diversas zonas
de mineração e era ligada com os portos de mar dos rios Paraíba
e São Francisco. A grande inscrição da pedra lavrada, na
Paraíba, representa o roteiro dessa estrada, com indicações
minuciosas a respeito do rumo,
das distâncias e da posição das minas. A outra grande estrada,
saindo do Cabo São Roque no rumo do poente, passa no Ceará,
Paiuí, Maranhão e Pará e andava até o Acre, respectivamente até
as minas de Bolívia. Grandes trechos dessa estrada existem e
foram aproveitadas pelos sertanejos dos respectivos Estados.
As grandes inscrições no Ceará, do Rio Jaguaribe, de Quixadá e
Uruburetama são itinerários dessa estrada, da qual um ramal ia
às minas de cobre de Viçosa. A estrada principal atravessava a
Serra da Ibiapaba, na altura de Ipu, onde os engenheiros
construíram uma estrada de serpentinas, para subir o alto
barranco da serra. Os restos dessa obra foram encontrados,
quando a nova estrada de rodagem ali ficou construída, por
ordem do Dr. Epitácio Pessoa. De lá passava a estrada pelo
Piauí e rio Parnaíba, na altura de União. De lá ia a estrada
através do Maranhão até o alto do Mearim e de lá pelas
cabeceiras do Pindaré, Gurupi e Capim até a confluência do
Tocantins e Araguaia, continuando dali até o Acre. Os delegados
das 14 cidades dos Tupinambás do Pará, que chegaram por terra a
São Luís do Maranhão, para convidar o padre Antônio Vieira,
explicaram bem o rumo dessa antiga estrada, segundo relata o
padre nas suas cartas.
Um ramal dentro do território maranhense, saiu do Mearim para
os rios Turi-Açu, Maracassumé e Gurupi, para encontrar a zona
aurífera entre Maranhão e Pará. Os chamados Montes Áureos e as
minas de ouro, hoje monopolizadas pelo Sr. Guilherme Linder,
foram conhecidas pelos fenícios.
Essa estrada existe ainda hoje e foi usada, no tempo do império
como estradas militares, organizadas por ordem de Dom Pedro II,
para policiar aquela antiga estrada de minas, indicada pelas
inscrições fenícias.
Os tupis escolheram para suas residências as terras férteis da
ilha do Marajó, o litoral do Maranhão, com o centro na ilha
Tupaón (São Luís), a Serra da Ibiapaba (o paraíso brasileiro),
as serras do Rio Grande e Paraíba e as terras do baixo rio São
Francisco. Além disso, eles fondavamo colônias, respectivamente
tabas fortificadas ao longo das estradas, para segurar as
comunicações e os comboios de mercadorias. Os fenícios tinham
sempre à sua disposição até 10.000 tupis-guaranis, isto é,
guerreiros da raça tupi.
Assim se explica a larga expansão dos tupis e a implantação da
língua tupi até o Paraguai e a Bolívia.
Edição de 02 de julho de 1926 do jornal
O Seridoense,
editado em Caicó/RN