quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Os Fenícios no Rio Grande do Norte # 1


SCHWENNAGEN, Ludovico
O Primeiro Descobrimento do Brasil em 1.100 a.C.

Em 950 a.C. entraram os Fenícios numa aliança com os povos tupis, que moravam nas Antilhas e no país Caraíbia, hoje afundado no Mar Caraíbico. Durante 50 anos emigraram os Tupis, que eram um ramo dos povos cários e pertenciam à raça branca atlanto-européia em navios fenícios, para o Norte e Nordeste do Brasil. Em 850 a.C. proibiu o Senado de Cartago a emigração para a "grande ilha do Oceano", receiando a despovoação completa do território cartaginês. Esse fato prova que naquele tempo o estado econômico do Brasil era tão próspero que esse país atraiu muitos imigrantes. Com o auxílio dos Tupis e aproveitando os indígenas tapuios como trabalhadores, os Fenícios e os engenheiros egípcios por ele contratados, iniciaram trabalhos extraordinários, no interior do Brasil como indicam as inscrições, feitas em letras fenícias e egípcias, ficou estabelecida a estação marítima central perto do Cabo S. Roque, na ponta do Cabo S. Roque, na ponta do Rio Grande do Norte. Ali existe um lago, hoje chamado Boqueirão, que é ligado com o mar por um canal, antigamente bem navegável. Lá foi fundada a cidade Tyros (nova), nome que no correr do tempo, mudou para Touros. De lá saíam duas estradas centrais para o interior; uma no rumo do Sudoeste, que ficou sucessivamente prolongada até o Paraguai, para encontrar ali o ponto final da navegação dos Fenícios, no rio da Prata, onde agora o teosofista coronel Fawcet está procurando as ruínas duma grande cidade. Essa estrada, desde o Rio Grande do Norte até a fronteira de Mato Grosso, é indicada por mais de cem inscrições, dando as distâncias em medida egípcias, como constatou o engenheiro francês Apolinário Frot, que trabalha há 20 anos no interior da Bahia. Essa estrada central tinha muitos ramais para as diversas zonas de mineração e era ligada com os portos de mar dos rios Paraíba e São Francisco. A grande inscrição da pedra lavrada, na Paraíba, representa o roteiro dessa estrada, com indicações minuciosas a respeito do rumo, das distâncias e da posição das minas. A outra grande estrada, saindo do Cabo São Roque no rumo do poente, passa no Ceará, Paiuí, Maranhão e Pará e andava até o Acre, respectivamente até as minas de Bolívia. Grandes trechos dessa estrada existem e foram aproveitadas pelos sertanejos dos respectivos Estados. As grandes inscrições no Ceará, do Rio Jaguaribe, de Quixadá e Uruburetama são itinerários dessa estrada, da qual um ramal ia às minas de cobre de Viçosa. A estrada principal atravessava a Serra da Ibiapaba, na altura de Ipu, onde os engenheiros construíram uma estrada de serpentinas, para subir o alto barranco da serra. Os restos dessa obra foram encontrados, quando a nova estrada de rodagem ali ficou construída, por ordem do Dr. Epitácio Pessoa. De lá passava a estrada pelo Piauí e rio Parnaíba, na altura de União. De lá ia a estrada através do Maranhão até o alto do Mearim e de lá pelas cabeceiras do Pindaré, Gurupi e Capim até a confluência do Tocantins e Araguaia, continuando dali até o Acre. Os delegados das 14 cidades dos Tupinambás do Pará, que chegaram por terra a São Luís do Maranhão, para convidar o padre Antônio Vieira, explicaram bem o rumo dessa antiga estrada, segundo relata o padre nas suas cartas. Um ramal dentro do território maranhense, saiu do Mearim para os rios Turi-Açu, Maracassumé e Gurupi, para encontrar a zona aurífera entre Maranhão e Pará. Os chamados Montes Áureos e as minas de ouro, hoje monopolizadas pelo Sr. Guilherme Linder, foram conhecidas pelos fenícios. Essa estrada existe ainda hoje e foi usada, no tempo do império como estradas militares, organizadas por ordem de Dom Pedro II, para policiar aquela antiga estrada de minas, indicada pelas inscrições fenícias. Os tupis escolheram para suas residências as terras férteis da ilha do Marajó, o litoral do Maranhão, com o centro na ilha Tupaón (São Luís), a Serra da Ibiapaba (o paraíso brasileiro), as serras do Rio Grande e Paraíba e as terras do baixo rio São Francisco. Além disso, eles fondavamo colônias, respectivamente tabas fortificadas ao longo das estradas, para segurar as comunicações e os comboios de mercadorias. Os fenícios tinham sempre à sua disposição até 10.000 tupis-guaranis, isto é, guerreiros da raça tupi. Assim se explica a larga expansão dos tupis e a implantação da língua tupi até o Paraguai e a Bolívia. 

Edição de 02 de julho de 1926 do jornal 
O Seridoense, editado em Caicó/RN