Rio Piranhas



O Brasil tem um dos maiores complexos hidrográficos do mundo, apresentando rios com grandes extensões, larguras e profundidades. A maioria dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.
A bacia do rio Piranhas-Assu situa-se no Nordeste do Brasil e está inserida em território dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. O Rio Piranhas nasce da junção das águas dos rios do Peixes e Piancó ainda na Paraíba. O rio é denominado Piranhas no estado da Paraíba e, após cruzar a fronteira com o estado do Rio Grande do Norte adquire o nome de Assu.
Praticamente em todo seu curso o Piranhas-Assu percorre a zona semiárida brasileira, onde os principais problemas hídricos prendem-se com a construção da infraestrutura necessária para combater a escassez de água e garantir o abastecimento humano.
O rio Piranhas-Assu, no passado, estava sujeito a períodos de seca, quando o seu fluxo chegava apartar-se e as populações recorriam a cacimbas cavadas no leito seco, de onde retiravam a água para o consumo doméstico. A construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, nos anos '80, com 2,4 bilhões de m³ de água, constitui o elemento crucial para a garantia do abastecimento na região, armazenando a chuva mais abundante a montante.
Os mais antigos sinais de ocupação humana na Bacia do Rio Piranhas-Assu chegam a 10 ou 12 mil anos atrás, numa época em que provavelmente ainda existiam tigres dentes-de-sabre, mastodontes, paleolhamas, preguiças e tatus gigantes. Os sítios arqueológicos da região comportam pinturas e inscrições rupestres pertencentes a três tradições distintas.
Na época da colonização, a Bacia do Piranhas-Assu era habitada por índios tarairiús e kariri em quase toda a sua extensão, e por potiguares, restritos à região do delta. Os índios tarairiús chamavam o rio Assu de Otschunog e o vale do Assu de Kuniangeia. Os colonizadores usaram, entre outros nomes, Rio dos Canibais, em referência ao costume dos índios de devorar parentes mortos e inimigos capturados em batalha.

Sítio Araras - 1ª base operacional IGARUANA
Num promontório à beira do rio Piranhas-Assu, no município de Itajá/RN, na proximidade da barragem ARG, que forma o maior reservatório de água do Estado, poucas construções constituem uma colônia de pescadores. Uma pequena baia é o abrigadouro das típicas embarcações dos pescadores locais e agora também das práticas e bonitas canoas IGARUANA. 
As coordenadas geográficas da Base Araras são as seguintes:
S 05º40'471"
W 36º52'353"

Flora e fauna
Caatinga (do Tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga é marcada pelo seu clima semiárido, com chuvas irregulares e estações do ano pouco bem definidas. Neste bioma, o solo é rico em proteínas, porém paupérrimo em matéria orgânica, devido à intensa luminosidade e calor que carbonizam a matéria orgânica, dificultando sua decomposição. Por isso, a vegetação da caatinga é adaptada ao clima seco: as folhas de algumas plantas são finas ou inexistentes; outras espécies, como o cacto, armazenam água em seu interior. Entre algumas espécies de plantas da caatinga, podemos citar o araticum, o jatobá, o murici, o imbú, o licuri, as juremas, as bromélias (caroá) e os cactos (mandacaru e xique-xique do sertão); enfim entre as espécies medicinais, encontram-se: a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.
A fauna terrestre da região não se destaca pelo tamanho nem pela ferocidade, como a de outras regiões do mundo tropical: predominam tamanduá, tatu, veado, guará, cágado, ema, siriema, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste, batráquios (rãs, sapos e pererecas) e répteis (cascavel, surucucu e jararaca).
A fauna ornitológica brasileira é uma das mais ricas do mundo, com uma enorme variedade de espécies. Na regiao do rio Piranhas-Assu encontram-se numerosas aves de rapina, trepadoras, palmípedes e pernaltas, os galináceos e os columbídeos.