DENÚNCIAS E VISITAÇÕES AO TERRITÓRIO MÍTICO DA JUREMA: RELAÇÕES DE PODER E VIOLÊNCIA ENTRE REPRESENTANTES INQUISITORIAIS E LÍDERES RELIGIOSOS TARAIRIÚ NA PARAHYBA SETECENTISTA
O uso da Jurema como alucinógeno e parte do ritual dos indígenas Tarairiú: Xukuru e Kanidé foi interpretado pelo padre visitador, vinculado ao Bispado de Pernambuco, como a permanência das influências diabólicas nos espaços do sertão da capitania da Parayba e, especialmente, no Aldeamento de Boa Vista sob os cuidados dos Carmelitas Descalços. Os visitadores e os vassalos de El Rei não só afirmaram que o “diabo” estava impresso nos corpos dos Xukurú e Kanidé, mas também permanecia nas suas práticas culturais, capaz de ter desencaminhado os religiosos carmelitas que passaram a adotar as crenças ameríndias e utilizar suas ervas medicinais, provocando críticas e denúncias de membros da Igreja e da Administração Colonial. Diante do exposto, esta comunicação objetiva apresentar os resultados da pesquisa em que se problematizou e se verificou, a partir de documentos avulsos e em códices do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa-Portugal, as relações e fronteiras interétnicas de negação e recepção das práticas culturais, especialmente religiosas que se intercalavam entre indígenas e representantes da “Santa Inquisição”, assim como, entre indígenas e religiosos carmelitas.
Download do documento integral de Dra. Juciene Ricarte Apolinário
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