Expedição Mesopotâmia 7
8 a 13 de agosto de 2019
.
1º dia- Quinta
Afinal, saímos do balneário de Assu ao meio-dia. Na semana anterior, conferi a situação do aguapé por baixo da ponte da BR304 e confirmei o local de partida da aventura depois das manilhas da passagem molhada de Entre Rios.
Marcamos com Seu Luiz para vir-nos buscar cinco dias depois, lá pelas bandas de Alto do Rodrigues, antes da ponte que encontramos interditada pelas plantas aquáticas em julho.
Uma canoa naquelas águas é coisa rara, assim, logo que o carro com Seu Luiz foi embora, um pescador de meia idade veio conversar comigo, curioso de saber mais. Trocamos dois dedos de prosa enquanto eu arrumava toda a tralha na canoa e Cabeça vagueava farejando tudo, já extasiada; depois partimos.
Percorremos menos de um quilômetro e paramos num belo local sombreado, já conhecido, onde passar as horas mais quentes do dia. Aproveitei para terminar um conserto num suporte de um dos bancos da canoa, imerso até o umbigo na água, todo vestido. Assim sim que se trabalha bem... rss
Lanchamos doce de mamão com biscoitos de centeio e cacau, muito bom.
Aproveitando da abundância de lenha seca no local, juntei um bocadinho num feixe, para ter uma reserva boa já disponível, na hora de acender um fogo em qualquer canto.
Às duas e quarenta, com o céu meio nublado, seguimos rio abaixo, passando por quatro cercas, sendo a segunda e a terceira mais trabalhosas de passar.
A geografia das margens mudou um pouco após a pequena enchente invernal; onde fundamos em 2017 o Campo F, ficou acumulado um montão de barro e alguns troncos de arvores caídas, inviabilizando completamente o local. Quanto ao Campo C, que deveras só usamos uma noite por abrigar-nos antes de uma chuva, em geral, não vale a pena considerá-lo um bom local de acampamento. O Campo G é um local fantástico, bonito e discreto: a canoa fica na sombra da mesma grande arvore baixa sob a qual armar a rede e acender o fogo. Única nota negativa: está muito perto de uma residência, logo à beira do rio: à noite, você escuta o jornal nacional e a novela das oito, de longe.
Olhei onde fundar eventualmente novo campo para pernoitar na primeira noite, mas não encontrei nada de tão bom quanto o Campo D, ao qual chegamos já anoitecendo.
O lugar estava ainda todo limpo e arrumadinho como o deixamos em julho. Armado o acampamento, acendi o fogo e preparei um belo risotto com vegetais e sardinhas, sem sal nem cúrcuma, dois embrulhos que deixei no plano de trabalho lá na cozinha em casa.
Na madrugada, rolou um friozim. Me levantei para pegar o segundo cobertor e, bem agasalhado, dormi de novo.
8 a 13 de agosto de 2019
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1º dia- Quinta
Afinal, saímos do balneário de Assu ao meio-dia. Na semana anterior, conferi a situação do aguapé por baixo da ponte da BR304 e confirmei o local de partida da aventura depois das manilhas da passagem molhada de Entre Rios.
Marcamos com Seu Luiz para vir-nos buscar cinco dias depois, lá pelas bandas de Alto do Rodrigues, antes da ponte que encontramos interditada pelas plantas aquáticas em julho.
Uma canoa naquelas águas é coisa rara, assim, logo que o carro com Seu Luiz foi embora, um pescador de meia idade veio conversar comigo, curioso de saber mais. Trocamos dois dedos de prosa enquanto eu arrumava toda a tralha na canoa e Cabeça vagueava farejando tudo, já extasiada; depois partimos.
Percorremos menos de um quilômetro e paramos num belo local sombreado, já conhecido, onde passar as horas mais quentes do dia. Aproveitei para terminar um conserto num suporte de um dos bancos da canoa, imerso até o umbigo na água, todo vestido. Assim sim que se trabalha bem... rss
Lanchamos doce de mamão com biscoitos de centeio e cacau, muito bom.
Aproveitando da abundância de lenha seca no local, juntei um bocadinho num feixe, para ter uma reserva boa já disponível, na hora de acender um fogo em qualquer canto.
Às duas e quarenta, com o céu meio nublado, seguimos rio abaixo, passando por quatro cercas, sendo a segunda e a terceira mais trabalhosas de passar.
A geografia das margens mudou um pouco após a pequena enchente invernal; onde fundamos em 2017 o Campo F, ficou acumulado um montão de barro e alguns troncos de arvores caídas, inviabilizando completamente o local. Quanto ao Campo C, que deveras só usamos uma noite por abrigar-nos antes de uma chuva, em geral, não vale a pena considerá-lo um bom local de acampamento. O Campo G é um local fantástico, bonito e discreto: a canoa fica na sombra da mesma grande arvore baixa sob a qual armar a rede e acender o fogo. Única nota negativa: está muito perto de uma residência, logo à beira do rio: à noite, você escuta o jornal nacional e a novela das oito, de longe.
Olhei onde fundar eventualmente novo campo para pernoitar na primeira noite, mas não encontrei nada de tão bom quanto o Campo D, ao qual chegamos já anoitecendo.
O lugar estava ainda todo limpo e arrumadinho como o deixamos em julho. Armado o acampamento, acendi o fogo e preparei um belo risotto com vegetais e sardinhas, sem sal nem cúrcuma, dois embrulhos que deixei no plano de trabalho lá na cozinha em casa.
Na madrugada, rolou um friozim. Me levantei para pegar o segundo cobertor e, bem agasalhado, dormi de novo.
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