quarta-feira, 23 de maio de 2012

A viagem de Roeloff Baro ao sertão do RN em 1647


No período que vai de 1633 a 1654, o território da Capitania do Rio Grande esteve sob domínio holandês, gerenciado pela Companhia das Índias Ocidentais.
A abundância de gado, açúcar, farinha e peixe, além da importância da costa atlântica do Rio Grande, certamente foram motivos que levaram à tomada desse território, dentro do plano mais geral de conquista das fontes produtoras do açúcar traçado pelos batavos. Esse período é visto, pela historiografia clássica norterriograndense, como um tempo de muita devastação, roubos, saques, mortes e violência. Ressaltemos, a propósito, a construção de uma figura tida como aterradora e sanguinária nessa historiografia, a de Jacob Rabe, um truculento orientado, nas palavras de Luís da Câmara Cascudo.
No fim da década de 1640, todavia, os pilares que sustentavam a presença holandesa nos trópicos começam a apresentar sinais de fragilidade. Nesse cenário de convulsões e alvoroços aconteceram os conhecidos massacres de Cunhaú e Uruaçu, incitados sob o comando de Jacob Rabe – que foi morto em uma emboscada em 1646. A notícia da morte de Rabe chegou até os índios que seguiam o rei Janduí, os quais ameaçaram veementemente romper sua aliança com os holandeses. Como a ameaça não se consumou e reconhecendo a boa vontade de Janduí, a Companhia das Índias Ocidentais nomeou Roeloff Baro para viajar ao sertão e reafirmar o pacto com os tarairiu. A leitura do diário da viagem de Roeloff Baro, tendo como parâmetros a releitura da tradução feita pelo historiador Benjamin Teensma, nos leva a reconhecer espaços que a partir
do século 18 seriam incorporados ao território da ribeira do Seridó: a Serra de Santana, o rio Acauã e o rio Picuí.

Leia todo o artigo de Helder Macedo publicado na Revista Preá #25 fazendo o download do PDF

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