sábado, 19 de maio de 2012

Mocó


A sagacidade e o olfato aguçado, que lhe permite pressentir a presença do homem a longas distâncias, são as principais armas defensivas do mocó, perseguido para fins de pesquisa por ser hospedeiro natural do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.
Mocó é um pequeno mamífero roedor, da família dos cavídeos, gênero Kerodon, encontrado no Nordeste brasileiro. Tem pelagem cinzenta no dorso e ventre amarelado. A espécie K. rupestris, semelhante ao preá e pouco maior que ele, habita as regiões descampadas e pedregosas da caatinga. Seu peso de adulto é em média 800 g. Os mocós dessa espécie passam a maior parte do tempo em tocas, locais em que abrigam barbeiros (Triatoma) insetos transmissores da doença de Chagas.
Mesmo assim o pequeno roedor, herbívoro, típico das regiões rochosas do semi-árido do Nordeste do Brasil, é usado na alimentação humana como fonte de proteína animal, especialmente em períodos de seca, o que tem levado os pesquisadores a estudarem a viabilidade econômica de sua criação em grande escala. Sua carne é muito apreciada pelos sertanejos. Sua pele pode ser usada para o fabrico de artefatos diversos.
Para aproximar-se do mocó, o fotografo deverá se locomover em sentido contrário ao do vento, a fim de não ser denunciado por seu olfato privilegiado. Nos dias nublados, o mocó sai para se alimentar de manhã e à tarde. Nos dias claros, abandona sua toca apenas à noite. Alimenta-se de cascas de árvores, brotos, folhas e frutos. Em pequeno, é domesticável.

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