Bom dia a todas e todos! Uma boa primavera para quem mora abaixo do Equador¹! Como em todo equinócio, o Sol nasceu hoje exatamente no ponto cardeal leste... beleza!
Hoje, acordei lembrando-me dessa aventura registrada no videozinho, que rolou justo em ocasião do equinócio de 2010, onze anos atrás já. Em companhia, naturalmente, de Marcelo Rodrigues, meu proeiro oficial, naquela época. Época boa, quando a gente rodou, durante várias aventuras diferentes, toda a barragem e seus córregos, procurando locais interessantes onde levar os turistas.
Foi uma expedição histórica em seu gênero, porque foi a última vez que passamos ao lado da torre da igreja da antiga São Rafael, enquanto estava ainda em pé, sobressaindo das águas. Alguns meses depois (na madrugada do 17 de dezembro), a torre ruiu de repente e foi pro fundo. Só deu para vê-la novamente, quando a barragem secou muito e todas as ruínas da cidade apareceram de novo.
Eu cheguei no sertão perto do meio-dia, vindo de Pipa, e para não perder tempo, nos organizamos e saímos remando à tarde do mesmo dia, logo depois que o vento forte baixou. Remamos só até a Ilha do Morcego (10 km) e ali paramos antes da escuridão tomar conta da noite.
No dia depois, fomos remontando a barragem até chegar à Ilha Timbaúba, que está já no território municipal de Jucurutu. Ali, aos pés de um penedo do alto do qual a vista de 360° é deslumbrante, tem uma casa em ruínas, usada às vezes como rancho pelos pescadores.
No terceiro dia, entramos em direção oeste em dois grandes córregos, que remontamos até suas nascentes. Almoçamos na sombra, esperamos o calor baixar e voltamos até o Sítio Mutamba, onde a gente já tinha acampando algumas vezes.
No último dia, simplesmente, voltamos pro Sítio Araras, aproveitando as brisas favoráveis da manhã. Paramos para almoçar aos pé da Itatinga² e lá descobrimos que nossa grelha tinha ficado esquecida no Sítio Mutamba. Eu ainda dei uma bronca em Marcelo, porque tinha sido ele a dar a "olhada-final-para-não-esquecer-nada", ai ai ai...
Mas o bom foi que sete meses depois, passada a época das chuvas, fomos acampar novamente lá e por baixo da arvore estava ainda nossa grelha.
Quando, subindo pra vila, encontrei Josimar, o dono do terreno, ele logo me disse:
- Viu sua grelha? Eu sabia que você ia voltar um dia e a deixei no mesmo canto onde a deixou; ela é boa, não enferrujou, nem um pouco... -
- Sim - respondi, - grelha boa; quem me deu foi a minha sogra -
e tudo terminou com uma bela risada !
¹ ... e um bom outono para o resto dos habitantes do planeta azul
² popularmente conhecido também como Morro Antônio Preá
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