Em 1928 o explorador canadense R. Clouthier relatou sua expedição de duas semanas em canoa através a província de Quebec da seguinte forma:
"Não foi nada senão o chamado da natureza, o amor pelo espaço aberto, a atração pela selvagem e deserta floresta, que parece dormente no coração de toda e qualquer pessoa, e para o qual todo verdadeiro homem deve responder.
Ninguém consegue definir a atração às durezas do calor, sede, insetos, longa hora sobre o remo, sob sol ou chuva, portagens por terrenos duros e desconhecidos, e todas as coisas inerentes a viagens semelhantes através de locais pouco explorados.
O que então leva alguém a realizá-las?
Talvez o charme esteja em magníficos nasceres e poentes do Sol, ou na luta contra as forças da natureza com sua própria força física.
Ou talvez seja a calma restauradora das florestas, os horizontes prateados dos lagos, o incrível ruído das corredeiras e quedas d'água.
A questão é difícil de ser respondida.
Nós partimos em detrimento a todo o resto, aceitando desde antes tudo o que puder acontecer. Nós partimos e retornamos satisfeitos, mesmo se trouxermos de volta apenas memórias de belos panoramas que tivemos o privilegio de admirar, memórias de deliciosas tardes ao lado de uma fogueira no acampamento, escutando as misteriosas vozes selvagens.
Memórias de liberdade que vivemos longe dos tentáculos da civilização."
Texto extraído e traduzido de "From Maniwaki to Angliers by way of BarrieÌ and Grand Lake Victoria Posts: Being the account of a 300-mile canoe trip along the Upper Ottawa River, in the province of Quebec"
"Não foi nada senão o chamado da natureza, o amor pelo espaço aberto, a atração pela selvagem e deserta floresta, que parece dormente no coração de toda e qualquer pessoa, e para o qual todo verdadeiro homem deve responder.
Ninguém consegue definir a atração às durezas do calor, sede, insetos, longa hora sobre o remo, sob sol ou chuva, portagens por terrenos duros e desconhecidos, e todas as coisas inerentes a viagens semelhantes através de locais pouco explorados.
O que então leva alguém a realizá-las?
Talvez o charme esteja em magníficos nasceres e poentes do Sol, ou na luta contra as forças da natureza com sua própria força física.
Ou talvez seja a calma restauradora das florestas, os horizontes prateados dos lagos, o incrível ruído das corredeiras e quedas d'água.
A questão é difícil de ser respondida.
Nós partimos em detrimento a todo o resto, aceitando desde antes tudo o que puder acontecer. Nós partimos e retornamos satisfeitos, mesmo se trouxermos de volta apenas memórias de belos panoramas que tivemos o privilegio de admirar, memórias de deliciosas tardes ao lado de uma fogueira no acampamento, escutando as misteriosas vozes selvagens.
Memórias de liberdade que vivemos longe dos tentáculos da civilização."
Texto extraído e traduzido de "From Maniwaki to Angliers by way of BarrieÌ and Grand Lake Victoria Posts: Being the account of a 300-mile canoe trip along the Upper Ottawa River, in the province of Quebec"