Somente ontem, mais duas pessoas me perguntaram sobre este assunto: assim hoje acordei determinado a escrever algo que tire todas as dúvidas sobre remadas noturnas durante as expedições IGARUANA.
Primeiramente vou dizendo que em geral o cronograma da maioria das expedições IGARUANA prevê como principal atividade noturna o descanso. Habitualmente, acordamos bem cedinho, tomamos um bom café-da-manhã e desmontamos o campo, carregando toda a tralha nas canoas. As primeiras horas do dia são perfeitas para tirar fotografias das belezas naturais carateristicas deste ecossistema único no Planeta. Nestas horas todas as belas aves diurnas, alvo dos objetivos fotográficos, estão ativas, voando, pescando, tomando banho etc... enquanto nas horas mais quentes ficam na sombra para se proteger da quentura do sertão. Nos fazemos o mesmo: assim, depois de remar por umas horas, quando o Sol começa a esquentar muito, paramos para uma pausa maior, durante a qual preparamos e consumimos a refeição principal do dia. Voltando às canoas, continuamos nossa jornada remando até o local onde montaremos o campo noturno. Salvo imprevistos, chegamos sempre no lugar escolhido para pernoitar em tempo útil para poder fazer o reconhecimento do local e descarregar as canoas ainda na luz do dia. Acontece às vezes, por varias razoes, que o local escolhido para pernoitar naquele dia esteja ainda longe quando vem a hora de parar: assim a gente escolhe outro lugar apropriado para parar em tempo útil. Na porção do rio Piranhas e afluentes, que frequentamos durante nossas aventuras, já mapeamos dezenas de locais bons para acampar. Montadas as barracas e armadas umas redes, a gente acende sempre uma fogueira. Ao redor dessa fogueira a gente acompanha o anoitecer, conversando, tomando um café, beliscando algo esperando a refeição noturna. Depois do jantar, a conversa é breve. Todo mundo quer descansar e vai deitar rapidamente. As vezes também, se pinta a energia certa, a gente puxa uma batucada feita com um pandeiro, um agogô, baldes, panelas e caixa de fosforos...rsrsrsrs mas, geralmente, a gente dorme cedo para (conseguir) acordar cedo no dia seguinte. Habitualmente, enfim, as canoas IGARUANA passam a noite viradas pra baixo à beir-rio. Isso espero que tire todas as dúvidas de quem me escreveu temendo as remadas noturnas.

Agora vou escrever para quem, pelo contrario, gosta de remadas noturnas, sem por isso desconsiderar o que escrevi acima.
Uma remada numa noite de lua cheia com certeza pode ser uma experiencia inesquecivel. A luz noturna tinge todo o panorama de outras cores. O silencio è praticamente total. O canto das aves noturnas se escuta de longe. Silhuetas fantasticas aparecem aos nossos olhos. Quase sempre sem vento nas horas noturnas, a água do rio se transforma num espelho obscuro e metalico que reflete o panorama "lunar" da noite sertaneja. Belissimo. Bem-aventurados os fotografos que participarem dum momento desse.
Já uma noite sem lua é outra coisa: apesar dos olhos se acostumarem em breve à escuridão, o visual não è o mesmo que o de uma noite de lua. O céu estrelado fica bonito, mas a visibilidade na navegação è limitada e precisa-se de cuidados redobrados.
Naturalmente, estou convencido que é sempre importante manter de noite como de dia o mesmo padrão de segurança, quer dizer, alto.
Para navegar à noite em pequenas embarcaçoes de até cinco (05) metros, como as canoas IGARUANA, a Marinha do Brasil requer apenas que cada embarcação seja provista de uma lanterna de sinalização com luz branca e um apito.
As regras IGARUANA sobre segurança são mais rigorosas. Nossa primeira e mais importante regra de segurança que aplicamos com firmeza é o uso do colete flutuador. Sempre utilizamos durante nossas atividades o colete flutuador, vestindo-o apropriadamente e nunca o carregamos apenas na canoa. Isso a qualquer hora do dia e da noite. No meio do rio-mar profundo dezenas de metros assim como no estreito afluente pouco profundo. Os coletes IGARUANA são de design moderno e não incomodam os movimentos; pelo contrario, bem regulados, sustentam a postura certa do canoeiro.
Para aproveitar positivamente de uma remada noturna é importante também conhecer bem o itinerario escolhido e os eventuais perigos presentes. Alguns pescadores da região, à noite, temem a aparição do Nego-d'Água, figura folclorica riberinha, mas o que mais me preocupa, pessoalmente, são pedras e tocos de madeira semisubmersos, que podem provocar danos graves às canoas, prejudicando o bom exito da aventura.
Sempre gostei de remar. Ando remando pelo rio Piranhas e afluentes desde 2008. Antes de oferecer ao publico as expediçoes IGARUANA, junto com meus ajudantes, sozinho ou com algum amigo, ja navegamos bastante por essas bandas e vivenciamos muitas aventuras. Em geral viajamos de dia e descansamos de noite. Mas, mais de uma vez, já nos aconteceu de parar à tarde por um vento forte contrario num local não muito bom pra acampar e decidir de ir até um ponto melhor remando de noite. Já fomos jantar em casa de um amigo pescador e voltamos remando até o campo base na escuridão completa. Já saimos, eu e meu proeiro Marcelo, do Sitio Araras à tardinha e remamos ao crepusculo até a Ilha Grande de São Rafael, dezoito quilometros de percurso sem obstaculos perigosos no meio.
Para quem gostaria de uma remada noturna, tenho uma boa proposta. Um local bom para dar uma boa remada à noite em segurança é a Ilha Timbaúba, cinco quilometros ao Sul do Sitio Mutamba. Com o campo M ja instalado perto da grande aroeira, se pode sair remando à tardinha, lanchar e assistir ao por-do-sol do topo de um rochedo facil de escalar na ilha Timbaúba e voltar pro Sitio Mutamba remando à noite. Que tal?
Lembre-se, enfim: cada expedição IGARUANA é feita à medida dos participantes daquela aventura especifica, considerando muitos fatores, entre os quais experiência, preparo fisico, determinação e interesses das pessoas. É durante a tão importante reunião previa com o grupo que participara da expedição que itinerario, estilo e ritmo da aventura são decididos com o consenso de todos.
Outras dúvidas? Escrevam pra mim.
Primeiramente vou dizendo que em geral o cronograma da maioria das expedições IGARUANA prevê como principal atividade noturna o descanso. Habitualmente, acordamos bem cedinho, tomamos um bom café-da-manhã e desmontamos o campo, carregando toda a tralha nas canoas. As primeiras horas do dia são perfeitas para tirar fotografias das belezas naturais carateristicas deste ecossistema único no Planeta. Nestas horas todas as belas aves diurnas, alvo dos objetivos fotográficos, estão ativas, voando, pescando, tomando banho etc... enquanto nas horas mais quentes ficam na sombra para se proteger da quentura do sertão. Nos fazemos o mesmo: assim, depois de remar por umas horas, quando o Sol começa a esquentar muito, paramos para uma pausa maior, durante a qual preparamos e consumimos a refeição principal do dia. Voltando às canoas, continuamos nossa jornada remando até o local onde montaremos o campo noturno. Salvo imprevistos, chegamos sempre no lugar escolhido para pernoitar em tempo útil para poder fazer o reconhecimento do local e descarregar as canoas ainda na luz do dia. Acontece às vezes, por varias razoes, que o local escolhido para pernoitar naquele dia esteja ainda longe quando vem a hora de parar: assim a gente escolhe outro lugar apropriado para parar em tempo útil. Na porção do rio Piranhas e afluentes, que frequentamos durante nossas aventuras, já mapeamos dezenas de locais bons para acampar. Montadas as barracas e armadas umas redes, a gente acende sempre uma fogueira. Ao redor dessa fogueira a gente acompanha o anoitecer, conversando, tomando um café, beliscando algo esperando a refeição noturna. Depois do jantar, a conversa é breve. Todo mundo quer descansar e vai deitar rapidamente. As vezes também, se pinta a energia certa, a gente puxa uma batucada feita com um pandeiro, um agogô, baldes, panelas e caixa de fosforos...rsrsrsrs mas, geralmente, a gente dorme cedo para (conseguir) acordar cedo no dia seguinte. Habitualmente, enfim, as canoas IGARUANA passam a noite viradas pra baixo à beir-rio. Isso espero que tire todas as dúvidas de quem me escreveu temendo as remadas noturnas.

Agora vou escrever para quem, pelo contrario, gosta de remadas noturnas, sem por isso desconsiderar o que escrevi acima.
Uma remada numa noite de lua cheia com certeza pode ser uma experiencia inesquecivel. A luz noturna tinge todo o panorama de outras cores. O silencio è praticamente total. O canto das aves noturnas se escuta de longe. Silhuetas fantasticas aparecem aos nossos olhos. Quase sempre sem vento nas horas noturnas, a água do rio se transforma num espelho obscuro e metalico que reflete o panorama "lunar" da noite sertaneja. Belissimo. Bem-aventurados os fotografos que participarem dum momento desse.
Já uma noite sem lua é outra coisa: apesar dos olhos se acostumarem em breve à escuridão, o visual não è o mesmo que o de uma noite de lua. O céu estrelado fica bonito, mas a visibilidade na navegação è limitada e precisa-se de cuidados redobrados.
Naturalmente, estou convencido que é sempre importante manter de noite como de dia o mesmo padrão de segurança, quer dizer, alto.
Para navegar à noite em pequenas embarcaçoes de até cinco (05) metros, como as canoas IGARUANA, a Marinha do Brasil requer apenas que cada embarcação seja provista de uma lanterna de sinalização com luz branca e um apito.
As regras IGARUANA sobre segurança são mais rigorosas. Nossa primeira e mais importante regra de segurança que aplicamos com firmeza é o uso do colete flutuador. Sempre utilizamos durante nossas atividades o colete flutuador, vestindo-o apropriadamente e nunca o carregamos apenas na canoa. Isso a qualquer hora do dia e da noite. No meio do rio-mar profundo dezenas de metros assim como no estreito afluente pouco profundo. Os coletes IGARUANA são de design moderno e não incomodam os movimentos; pelo contrario, bem regulados, sustentam a postura certa do canoeiro.
Para aproveitar positivamente de uma remada noturna é importante também conhecer bem o itinerario escolhido e os eventuais perigos presentes. Alguns pescadores da região, à noite, temem a aparição do Nego-d'Água, figura folclorica riberinha, mas o que mais me preocupa, pessoalmente, são pedras e tocos de madeira semisubmersos, que podem provocar danos graves às canoas, prejudicando o bom exito da aventura.
Sempre gostei de remar. Ando remando pelo rio Piranhas e afluentes desde 2008. Antes de oferecer ao publico as expediçoes IGARUANA, junto com meus ajudantes, sozinho ou com algum amigo, ja navegamos bastante por essas bandas e vivenciamos muitas aventuras. Em geral viajamos de dia e descansamos de noite. Mas, mais de uma vez, já nos aconteceu de parar à tarde por um vento forte contrario num local não muito bom pra acampar e decidir de ir até um ponto melhor remando de noite. Já fomos jantar em casa de um amigo pescador e voltamos remando até o campo base na escuridão completa. Já saimos, eu e meu proeiro Marcelo, do Sitio Araras à tardinha e remamos ao crepusculo até a Ilha Grande de São Rafael, dezoito quilometros de percurso sem obstaculos perigosos no meio.
Para quem gostaria de uma remada noturna, tenho uma boa proposta. Um local bom para dar uma boa remada à noite em segurança é a Ilha Timbaúba, cinco quilometros ao Sul do Sitio Mutamba. Com o campo M ja instalado perto da grande aroeira, se pode sair remando à tardinha, lanchar e assistir ao por-do-sol do topo de um rochedo facil de escalar na ilha Timbaúba e voltar pro Sitio Mutamba remando à noite. Que tal?
Lembre-se, enfim: cada expedição IGARUANA é feita à medida dos participantes daquela aventura especifica, considerando muitos fatores, entre os quais experiência, preparo fisico, determinação e interesses das pessoas. É durante a tão importante reunião previa com o grupo que participara da expedição que itinerario, estilo e ritmo da aventura são decididos com o consenso de todos.
Outras dúvidas? Escrevam pra mim.
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