Foto de Jack d'Emilia |
O dicionário náutico é bem extenso.
Para não se perder nos termos, confira aqui um guia que explica alguns
dos termos mais utilizados no universo das embarcações e transportes
marítimos:
A
A RÉ
Significa: ATRÁS. Por exemplo, se um objeto estiver mais para a popa do que outro se diz que ele está Ante-a-Ré (AAR) dele.
A VANTE
Significa: FRENTE. Por exemplo, se um objeto estiver mais para a proa do que outro se diz que ele está Ante-a-Vante (AAV) dele.
ABICADA
Embarcação encontra-se abicada quando navega com a proa baixa, ou seja, calado a vante maior que calado a ré.
ADERNAR
É a inclinação para um dos bordos da embarcação e é medida em graus, o mesmo que banda.
ADRIÇA
Cabo utilizado para içar as velas e a Bandeira.
ADUCHAR O CABO
Amarrar bem um cabo.
ALAR O CABO
É o ato de puxar um cabo.
ALHETA
Ponto na embarcação entre o través e a popa.
AMADOR
Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para
operar embarcações de esporte e/ou recreio, em caráter não
profissional.
AMARRA
Cabo ou corrente que liga o ferro à embarcação.
AMURA
Parte do barco entre o través e a proa, o mesmo que bochechas.
ÂNCORA
Comumente chamada de ferro, é utilizada para fundear o barco.
ÂNCORA ALMIRANTADO
Embora não seja a mais leve nem a mais fácil de ser estivada, esta
âncora é muito eficiente em circunstâncias extremamente desfavoráveis de
mar e vento. É o ferro tradicional, contém dois braços e cepo
perpendicular, que facilita o unhar do ferro no fundo.
ÂNCORA COGUMELO
É a mais usada em amarrações fixas, e, sendo pesada, é eficiente em
fundo de lama. Usada pela Marinha do Brasil para fundear bóias de
sinalização.
ÂNCORA FATEIXA
Âncora de 4 a 5 patas, boa para ser usada em fundo de pedra, de fácil
armazenamento é indicada para barcos pequenos, infláveis e etc.
ÂNCORA GARATEIA
Também chamado de busca-vidas, é uma fateixa sem patas, usada para
rocegar, isto é, procurar objetos perdidos no fundo, como âncoras,
amarras, motores de popa e etc.
ANCORADOURO
Lugar relativamente abrigado de vento e correnteza, próprio para a fundeio de embarcações.
ANCOROTE
Ferro pequeno utilizado em barcos menores, ou ainda, para algumas manobras.
ANETE
Argola da haste do ferro para fixação da amarra.
APITO CURTO
Conforme o (RIPEAM – Regra 32-b), apito curto significa um som de duração aproximada de 1 segundo.
APITO LONGO
Conforme o (RIPEAM – Regra 32-b), apito longo significa um som de duração aproximada de 4 a 6 segundos.
ÁREAS DE NAVEGAÇÃO
São as áreas onde uma embarcação empreende uma singradura ou navegação, e são dividas em mar aberto e interior.
ARQUEAÇÃO
É a expressão do tamanho total da embarcação, determinada em função
do volume de todos os espaços fechados. Apenas as embarcações com
comprimento maior ou igual a 24 metros deverão ser arqueadas.
ARRAIS AMADOR
O Arrais Amador é a pessoa maior de 18 anos habilitada pela
Autoridade Marítima a conduzir embarcações nos limites da navegação
interior, estabelecidos pela Capitania dos Portos em cada local.
ARRIAR O CABO
Soltar um cabo aos poucos.
ARRIBAR
Afastar a proa do vento.
AVISO AOS NAVEGANTES
Divulgados pela DHN informam as alterações ocorridas nas áreas
marítimas, fluviais e lacustres, do Brasil e de países estrangeiros, que
afetam a segurança da navegação e outras ocorrências pertinentes à
segurança da navegação.
B
BADE
Abreviatura de Boletim de Atualização de Embarcações.
BALIZAMENTO
É o conjunto de sinais fixos e flutuantes, cegos e luminosos, que
demarcam os canais de acesso, áreas de manobra, bacias de evolução e
água seguras e indicam os perigos à navegação, nos portos e seus
acessos, baías, rios, lagos e lagoas.
BALIZAS
São sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro, concreto
ou mesmo de madeira, de altura adequada às condições locais, fixadas,
normalmente, sobre pedras isoladas, bancos, ou recifes e destinam-se a
fornecer indicações ao navegante durante o período diurno.
BANDA
É a inclinação para um dos bordos da embarcação e é medida em graus, o mesmo que adernar.
BANZEIRO
Ondas provocadas pelo deslocamento de embarcações, também chamado de mareta.
BARCO
Toda construção feita de madeira, ferro, aço, fibra de vidro,
alumínio, ou da combinação desses e outros materiais que flutua, sendo
especificamente destinada a transportar pela água, pessoas ou coisas.
BARLAVENTO
É a direção de onde vem o vento, oposto a sotavento.
BARÔMETRO
Aparelho que mede a pressão atmosférica. Normalmente quando o ar está
aquecido e o barômetro desce é sinal de chuva, como regra geral,
barômetro em ascensão significa bom tempo e em queda significa tempo
ruim.
BCEM
Abreviatura de Boletim de Cadastramento de Embarcação Miúda.
BICO DE PROA
Parte extrema da proa de uma embarcação.
BITOLA
É o diâmetro de um cabo.
BOCA
É a maior largura de uma embarcação.
BOCHECHAS
Parte do barco entre o través e a proa, o mesmo que amura.
BÓIA DE ARINQUE
Bóia amarrada a um cabo, denominado de cabo de arinque, presa à cruz do ferro.
BÓIAS
São corpos flutuantes, de dimensões, formas e cores definidas,
fundeadas por amarras, ferros ou poitas, em locais previamente
determinados.Podem ser luminosas, quando providas de aparelho de luz, ou
cegas, destinando-se, respectivamente, a orientar a navegação de dia e
de noite, ou apenas no período diurno.
BOLINA
Lâmina de ferro, madeira, fibra ou chumbo, presa à quilha e que evita o deslocamento lateral da embarcação de vela.
BOMBORDO
Ë o lado esquerdo da embarcação para quem olha para a proa.
BORDA-FALSA
É o parapeito do navio no convés a fim de proteger as pessoas e o material evitando que caiam no mar.
BORDA LIVRE
É a distância entre a linha d’água até a borda.
BORDOS
São os lados de uma embarcação.
BORESTE
É o lado direito da embarcação para quem olha para a proa.
BRANDAIS
São os cabos que sustentam o mastro no sentido da borda do barco.
BÚSSOLA
Bússola, agulha magnética ou simplesmente agulha, é um instrumento de
medida de direções, sua presença em embarcações amadoras é mandatória,
exceção feita, é claro, as embarcações miúdas.
C
CABECEIO
Cabeceio é o movimento de oscilação horizontal no sentido proa-popa quando a embarcação navega com ondas de frente e de lado.
CABEÇO
Estrutura de ferro maciça, encravada no cais, ou aos pares, junto à
amurada da embarcação, destinada a agüentar as voltas dos cabos de
amarração.
CABOS
São as cordas de um barco. Os velhos cabos de fibras vegetais, sisal,
linho, algodão e outros, usados antigamente, foram substituídos pelos
de fibras sintéticas que, embora sejam mais caros, tem maior
durabilidade, pois não apodrecem, além de terem uma resistência à tração
cerca de 6 vezes maior.
CADASTE
Peça semelhante à roda de proa, constituindo o extremo da embarcação a ré.
CALADO
É a altura entre a linha d’água até uma linha horizontal que passa pela quilha da embarcação.
CAMBAR
Virar de bordo.
CANA DE LEME
Parte do aparelho de governo da embarcação, peça que o piloteiro segura.
CAPITANIA DOS PORTOS
É o órgão responsável em fiscalizar o tráfego aquaviário nos aspectos
relativos à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e a
prevenção da poluição ambiental, bem como o estabelecimento de normas e
procedimentos relativos à área sob sua jurisdição.
CAPITÃO AMADOR
O Capitão Amador é a pessoa maior de 18 anos habilitada pela Autoridade Marítima a conduzir embarcações em navegação oceânica.
CARENA
É a parte do casco abaixo da linha d’água.
CARTA N° 12.000
A Carta N° 12.000 – INT 1 – Símbolos, Abreviaturas e Termos é uma
publicação náutica obrigatória é contém todos os símbolos, abreviaturas e
termos utilizados tanto nas cartas nacionais como nas internacionais.
CARTA NÁUTICA
É a representação gráfica sobre uma superfície plana de áreas
oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra
massa d’água navegável e que se destinam a servir de base à navegação;
são geralmente construídas na Projeção de Mercator e representam
inclusive os acidentes terrestres e submarinos.
CASCO
É o corpo da embarcação sem a mastreação, aparelhos, acessórios,
motores ou qualquer outro arranjo. O casco não possui uma forma
geométrica definida sendo a sua principal característica ter um plano de
simetria. Da forma adequada do casco dependem as qualidades náuticas de
um barco: resistência mínima a propulsão; mobilidade e estabilidade.
CATAVENTO
Engenhoca que indica a direção e a velocidade do vento.
CATURRAR
Balanço longitudinal de proa a popa quando navegando com ondas de frente.
CAVERNAS
São as costelas da embarcação, presas a quilha, que permitem dar
forma ao casco. A caverna principal é chamada de caverna mestra e é
geralmente localizada na boca máxima da embarcação. O conjunto das
cavernas é chamado de cavername.
CHA
Abreviatura de Carteira de Habilitação de Amador.
COCAS
Pequenas torções nos cabos.
COMANDANTE
Também denominado Arrais, Mestre ou Capitão, é a designação genérica
do tripulante que comanda a embarcação. É o responsável por tudo o que
diz respeito à embarcação, por seus tripulantes e pelas demais pessoas a
bordo.
COMPRIMENTO
Medida de proa à popa, ou de roda a roda.
COMPRIMENTO DE ARQUEAÇÃO
É a medida de proa a popa, dentro da embarcação e fornece a capacidade de armazenamento do barco.
COMPRIMENTO DE RODA A RODA
É o comprimento total do casco, excluídos eventuais suplementos, como motor de rabeta, plataformas, pranchas.
CONTORNO
É a medida de um bordo ao outro passando pela quilha, sem contar a bolina, no caso de embarcação de vela.
CONVÉS
Qualquer dos pavimentos a bordo.
CORRENTE DE MARÉ
É o movimento horizontal da massa líquida em função das atrações da Lua e do Sol sobre a Terra.
COSTADO
É a parte do casco acima da linha d’água.
CROQUE
Haste com gancho curvo para auxiliar nas manobras de atracação, resgate de bóias, etc.
CUNHO
Peça de metal ou plástico que se fixa na amurada da embarcação ou nos
lugares por onde possam passar cabos para amarração das espias.
D
DERRABADA
Embarcação encontra-se derrabada quando navega com a proa alta, ou seja, calado a vante menor que calado a ré.
DESBOLINAR O CABO
Tirar as cocas do cabo.
DESLOCAMENTO
É o peso da água que a embarcação desloca navegando em águas tranquilas. O deslocamento é expresso normalmente em toneladas.
DGPS
O DGPS ou GPS diferencial é um módulo de correção de posicionamento
que baseado em satélites terrestres, é cerca de 10 vezes mais preciso
que o GPS.
DINGUE
Pequeno barco utilizado para emergências.
DIREÇÃO RELATIVA
As direções são sempre informadas(ou informadas) com três dígitos
usando zeros se necessário: 35° quer dizer zero-três-cinco (035°)
relativos.
DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO
A Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN é responsável pelas
publicações náuticas, como: roteiros, tábua das marés, cartas náuticas e
principalmente pelo edição do Aviso aos Navegantes.
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
A Diretoria de Portos e Costas – DPC, tem a função de estabelecer as
normas de tráfego e permanência nas águas nacionais para as embarcações
de esporte e/ou recreio.
DPEM
É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas Cargas.
DRACONES
Dispositivos de plástico ou borracha, que transportam líquidos de forma submersa.
DVC
Dentro dos limites de Visibilidade da Costa.
E
ECOBATÍMETRO
O ecobatímetro, ecossonda, sonda é um aparelho eletrônico utilizado
para determinar a profundidade através de um sinal eletroacústico.
EMBARCAÇÃO
Qualquer construção, inclusive as plataformas flutuantes e as fixas
quando rebocadas, sujeita à inscrição na Autoridade Marítima e
suscetível de se locomover na água, por meios próprios ou não,
transportando pessoas ou cargas.
EMBARCAÇÃO AUXILIAR
É a embarcação miúda que é utilizada como apoio de outra embarcação,
com ou sem motor de popa e neste caso não excedendo a 30 HP, possuindo o
mesmo nome pintado em ambos os costados e o mesmo número da inscrição,
pintado na popa, da embarcação a que pertence.
EMBARCAÇÃO DE ESPORTE E/OU RECREIO
Embarcação com finalidade de recreação e lazer.
EMBARCAÇÃO DE GRANDE PORTE
Também conhecida como iate, é a embarcação com comprimento igual ou superior a 24 metros.
EMBARCAÇÃO DE MÉDIO PORTE
Embarcação com comprimento inferior a 24 metros, exceto as miúdas.
EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA
É o meio coletivo de abandono de embarcação ou plataforma marítima em
perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante um certo período,
enquanto aguarda socorro. São consideradas embarcações de sobrevivência
as embarcações salva-vidas, as balsas salva-vidas e os botes orgânicos
de abandono
EMBARCAÇÃO MIÚDA
Embarcação com comprimento inferior ou igual a 5 metros; ou com
comprimento superior a 5 metros que apresentem as seguintes
características: convés aberto; convés fechado, mas sem cabine habitável
e sem propulsão mecânica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este
não exceda 30 HP. Considera-se cabine habitável aquela com condições de
habitabilidade.
EPIRB
Aparelho emissor de sinais contínuos em determinada frequência para
localização em caso de acidentes marítimos que necessitem de busca e
localização.
ESCALA BEAUFORT
A escala Beaufort foi criada pelo almirante britânico Sir Francis
Beaufort em 1805 e estabelece uma correlação entre a velocidade do vento
e o estado do mar.
ESCALER
Pequeno barco para emergências, o mesmo que dingue.
ESCOVÉM
Abertura no costado por onde passa a amarra da âncora.
ESCOTILHAS
Abertura feita num convés para passagem de ar, luz, pessoal ou carga.
ESPIAS
Cabos de atracação do barco, podendo ser chamados de lançantes,
espringues e través, dependendo do ponto de amarração na embarcação.
ESPRINGUES
De acordo com seu posicionamento em relação à embarcação as espias
são denominadas de lançantes, espringues ou traveses. O espringue de
proa serve para evitar que a embarcação caia a vante e o espringue de
popa serve para evitar que a embarcação caia a ré.
ESTAIS
Cabos de aço que sustentam o mastro no sentido proa a popa.
F
FAINAS
Determinados trabalhos na embarcação que envolve a maioria da tripulação, por exemplo: fainas de atracação.
FERRO
Utilizada para fundear o barco, o mesmo que âncora
FILAME
É a porção da amarra colocada para fora do barco quando do lançamento do ferro.
FISHFINDER
Aparelho eletrônico que indica a presença de cardumes de peixes,
velocidade, temperatura da água, alarme de raso, perfil e tipo de fundo.
G
GAIÚTAS
Armação metálica ou de madeira, geralmente em forma de telhado de
duas águas, envidraçada com que se cobrem as escotilhas destinadas à
entrada de luz e ar para o interior da embarcação.
GARRAR
Quando a âncora está sendo arrastada pelo barco, costuma-se dizer que a embarcação está garrando.
GPS
É um receptor de sinais de rádio enviados pela rede de satélites GPS
(Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global), mantido
pelo Ministério de Defesa dos Estados Unidos. Com o GPS você registra
sua posição (latitude e longitude), as velocidades instantânea e média
do barco, o rumo, à distância entre coordenadas e etc. Alguns modelos
ainda dispõem de alarmes que avisam se a âncora soltou e a embarcação
está sendo arrastada pela correnteza.
H
HABILITAÇÃO NÁUTICA
Documento que habilita o amador por meio da Carteira de Habilitação
de Amador (CHA) e cadastra no Sistema Informatizado de Cadastro do
Pessoal Amador (SISAMA), conforme a categoria do mesmo. A habilitação
náutica tem validade em todo o território nacional.
HÉLICE
O hélice é uma estrutura metálica, que possui pás e serve para
movimentar a embarcação através de seu próprio giro, acoplado através de
um eixo longitudinal a um motor impulsiona a embarcação para avante ou
para ré. Em uma embarcação, o hélice atua como leme, pois exerce uma
força que resulta no movimento da popa para um dos bordos, dependendo do
tipo de giro do hélice.
HIDROJATO
Sistema de propulsão que utiliza uma bomba d’água, com o hélice
interno, como no caso de algumas embarcações como o jet ski e o jet
boat.
HIGRÔMETRO
Aparelho utilizado para medir a umidade do ar.
I
IATE
É a embarcação com comprimento igual ou superior a 24 metros, também considerada como embarcação de grande porte.
ISOBATIMÉTRICA
Linha de mesma profundidade, apresentada nas cartas náuticas.
ISOFÁSICA
Quando a duração da luz é igual a da obscuridade.
L
LAIS DE GUIA
É um nó muito utilizado a bordo, é dado com presteza e nunca recorre,
seu uso é genérico, mas um emprego muito comum é na amarração de bóias.
LAMPEJO
Conforme o (RIPEAM – Regra 34-b-II), lampejo significa uma luz com
duração aproximada de 1 segundo, ou quando num mesmo período a duração
da luz e menor do que a da obscuridade.
LANÇANTES
De acordo com seu posicionamento em relação à embarcação as espias
são denominadas de lançantes, espringues ou traveses. O lançante de proa
serve para evitar que a embarcação caia a ré e o lançante de popa serve
para evitar que a embarcação caia a vante.
LARGAR O CABO
É o ato de soltar um cabo.
LATITUDE
É o arco de meridiano compreendido entre o Equador e o paralelo do
lugar. Conta-se de 0º a 90º para o Norte e para o Sul do Equador.
LATITUDE CRESCIDA
É a deformação excessiva nas altas latitudes, encontrada nas cartas náuticas que utilizam a Projeção de Mercator.
LEME
Estrutura metálica ou de madeira que tem por finalidade dar direção à
embarcação e mantê-la nesse rumo determinado. Seu efeito é resultante
da ação das águas sobre sua porta sendo assim somente tem efeito quando a
embarcação está em movimento ou nos caso de correnteza. Ele é comandado
por um timão, por uma roda de leme ou por uma cana de leme.
LESTA
Abreviatura de Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.
LINHA D’ÁGUA
É uma faixa pintada com tinta especial no casco de proa a popa da embarcação.
LONGARINAS
São as peças colocadas de proa a popa na parte interna das cavernas, ligando-se entre si, também são chamadas de longitudinais.
LONGITUDE
É o arco do Equador, ou o ângulo no Pólo, compreendido entre o
Meridiano de Greenwich e o Meridiano do lugar. Conta-se de 0º a 180º,
para Leste ou para Oeste de Greenwich.
LUZ CIRCULAR
É uma luz contínua, visível num arco de 360°.
LUZ DE ALCANÇADO
É uma luz branca contínua situada tão próximo possível da popa, visível em um setor horizontal de 135°.
LUZ DE BORDO
É uma luz contínua visível que deve apresentar um setor de
visibilidade de 112.5°, sendo luz verde a boreste e luz encarnada a
bombordo.
LUZ DE MASTRO
É uma luz branca contínua situada sobre a linha de centro do navio, visível em um setor horizontal de 225°.
LUZ DE REBOQUE
É uma luz amarela com as mesmas características da luz de alcançado.
M
MARCAÇÃO RELATIVA
As marcações relativas são medidas como ângulos a partir da proa da
embarcação na direção dos ponteiros de um relógio, no sentido horário de
0° a 360° em torno do barco.
MARÉ
É o movimento vertical da massa líquida em função das atrações da Lua e do Sol sobre a Terra.
MAREAR
Sentir enjôo, embrulhado ou ainda regular as velas com a direção do vento.
MARETA
Ondas provocadas pelo deslocamento de embarcações, o mesmo que banzeiro.
MAROLA
Ondulação na superfície do mar.
MATERIAL DE SALVATAGEM
É responsabilidade do Comandante dotar sua embarcação com
equipamentos de salvatagem e segurança compatível com a singradura que
irá empreender e número de pessoas a bordo, como coletes salva-vidas,
bóias salva-vidas, artefatos pirotécnicos, ração e etc.
MEDIANIA
É a linha imaginária que divide o casco longitudinalmente formando os bordos.
MEIA-NAU
É a parte do casco compreendida entre a proa e popa.
MEIO NAVIO
É a região perpendicular ao plano longitudinal do navio e que divide o navio em duas partes: a parte de proa e a parte de popa.
MERIDIANOS
São os círculos máximos que contém os pólos da Terra. Os meridianos marcam a direção Norte – Sul.
MESTRE AMADOR
O Mestre Amador é a pessoa maior de 18 anos habilitada pela
Autoridade Marítima a conduzir embarcações nos limites da navegação
costeira.
MILHA NÁUTICA
Unidade de distância utilizada na navegação e equivale a 1.852 metros.
MOITÃO
Roldana por onde passam os cabos.
MORDEDOR
Usado para prender cabos.
MOTOR DE CENTRO RABETA
É o motor que fica dentro do barco, geralmente na popa, e a rabeta é
presa no espelho de popa. O hélice gira junto com a rabeta e tem o mesmo
efeito na manobra que o motor de popa.
MOTOR DE EIXO FIXO
É o motor que fica geralmente próximo ao centro do barco, sendo
ligado a um eixo preso na extremidade traseira com um mancal chamado pé
de galinha. O leme é independente do hélice.
MOTOR DE POPA
Nesse caso, o conjunto motor e rabeta ficam presos ao espelho de popa do barco. O hélice gira junto com o motor.
N
NAVEGAÇÃO
Navegação é a ciência e a arte de conduzir, com segurança, um navio ou embarcação de um ponto a outro da superfície da Terra.
NAVEGAÇÃO COSTEIRA
É aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do
limite da visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas náuticas.
NAVEGAÇÃO INTERIOR
A navegação interior é dividida em: Navegação Interior 1 – aquela
realizada em águas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e
canais, onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas
significativas que não apresentem dificuldades ao tráfego das
embarcações e Navegação Interior 2 – aquela realizada em águas
parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com
alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais,
tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das
embarcações.
NAVEGAÇÃO OCEÂNICA
Navegação oceânica ou sem restrições (SR), é aquela realizada entre
portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da
costa e sem outros limites estabelecidos.
NAVIO
Navio e nau designam, em geral, embarcações de porte maior, é
bastante comum ainda ouvirmos falar de bote, inflável e etc, que apesar
de também pertencerem à família das embarcações, são consideradas
embarcações miúdas, quase sempre a serviço das maiores e que não tem
mais do que 5 metros de comprimento.
NÓ
Unidade de velocidade utilizada em navegação, 1 nó equivale a 1 milha náutica por hora.
NÓ DE ESCOTA
Usa-se para unir dois cabos de bitola diferente ou para fixar um cabo a um olhal. Não aperta quando molhado.
NÓ DIREITO
É usado para unir dois cabos de igual material e bitola.
NORMAM
Abreviatura de Normas da Autoridade Marítima.
NORMAM 03
A NORMAM 03 decorre do que estabelece a Lei No 9.537, de 11 de
dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário –
LESTA, e do Decreto No 2.596 de 18 de maio de 1998 – RLESTA, que a
regulamenta, e tem por propósito estabelecer procedimentos e regras
aplicáveis às atividades não comerciais de esporte e recreio e assuntos
correlatos, com vistas à Segurança da Navegação, Salvaguarda da Vida
Humana e Preservação do Meio Ambiente.
O
OBRAS MORTAS
Tudo acima da linha d’água.
OBRAS VIVAS
Tudo abaixo da linha d’água.
OCULTAÇÃO
Quando num mesmo período a duração da luz é maior do que a da obscuridade.
ODÔMETRO
Aparelho que determina a velocidade da embarcação.
ORÇAR
Velejar contra o vento.
P
PARALELOS
São círculos menores paralelos ao Equador e, portanto,
perpendiculares ao Eixo da Terra. Seus raios são sempre menores que o do
Equador.
PASSAGEIRO
É todo aquele que é transportado pela embarcação sem estar prestando serviço a bordo.
PÉS
Unidade de medida utilizada para expressar o comprimento da embarcação, 1 pé equivale a 30,48 cm.
PILOTO AUTOMÁTICO
O piloto automático mantém o barco no rumo que você estabeleceu, os
mais complexos podem ser interligados ao GPS, que comanda e indica as
correções de rumo a serem executadas.
PLOTTER
A tela do plotter mostra uma carta náutica digitalizada da região,
facilitando o navegador na hora de traçar a sua rota. Como o plotter
trabalha junto com o GPS, você terá as coordenadas precisas de cada
ponto marcado em sua rota.
PONTAL
É a distância entre o convés principal e um plano horizontal que passa pela quilha.
POPA
Parte de trás da embarcação.
PORTA
Parte do leme mergulhada na água, o qual quando acionado dá o rumo à embarcação.
PROA
Parte da frente da embarcação.
PROJEÇÃO DE MERCATOR
É a projeção utilizada para representar o Globo Terrestre na maioria das cartas náuticas.
PRUMO DE MÃO
O prumo de mão é um processo prático de determinação de profundidade
do que, propriamente, um instrumento. Ele consiste de uma linha com
marcas igualmente espaçadas e uma chumbada.
Q
QUILHA
Peça estrutural na embarcação no seu plano inferior, na qual se apóiam as cavernas e os costados.
R
RABETA DUOPROP
Rabeta com dois hélices contra-rotantes no mesmo eixo, eliminado assim o efeito lateral.
RADAR
O radar moderno é simples de operar, compacto e leve. Já existem
modelos com tela de cristal líquido e caixa à prova de respingos,
adequados para barcos pequenos. Com o radar, você pode descobrir a
distância entre o seu barco e outra embarcação ou uma ilha, caso o radar
esteja ligado a uma bússola você verá o rumo verdadeiro. Você também
pode determinar um círculo de segurança em volta do seu barco, e
qualquer objeto que ultrapassar seus limites acionará o alarme.
RÁDIO SSB
O rádio SSB – Single Side Band é usado para comunicação à longa
distância. É um equipamento necessário para quem pretende fazer viagens
de longo percurso ou navegar afastado da costa.os.
RÁDIO VHF
O VHF – Very High Frequency é o primeiro rádio que se instala em um
barco. Sua faixa de freqüências é ideal para comunicações a distâncias
curtas e médias, no entanto a transmissão em VHF é limitada,
teoricamente, pela distância máxima de 60 milhas. Ao utilizar o rádio
VHF, evite ficar atrás de ilhas ou de montanhas altas. O canal
internacional de chamada de socorro é o 16, onde a maioria dos clubes
costumam fazer escuta.
REFLETOR DE RADAR
Este artefato consiste de lâminas de metal relativamente finas e
proporciona um eco aumentando a detecção radar por outros navios e
embarcações.
RETINIDA
Cabo com um peso dentro em uma das pontas e serve para ser lançada para terra ou para outra embarcação.
RIPEAM
É o Regulamento Internacional para evitar Abalroamento no Mar, e
consiste no conjunto de regras que, tendo a força de lei, prescreve como
deveremos conduzir as embarcações na presença de outras, bem como,
informá-las de nossas intenções ou ações, por sinais de apito, luzes ou
por marcas diurnas, de maneira que possamos desenvolver manobras
corretas e seguras, afastando assim o perigo do abalroamento no mar.
Surgiu em 1972 e foi adotado em 1977.
RLESTA
É o Decreto que regulamenta a Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.
ROCEGAR
Procurar objetos perdidos no fundo do mar, como âncoras, amarras, motores de popa e etc.
RODA DE PROA
Roda de proa ou simplesmente roda, é uma peça robusta que, em
prolongamento da quilha, na direção vertical forma o extremo do barco a
vante.
S
SAFO
Seguro, em ordem, livre de alguma coisa.
SINAIS CARDINAIS
Indicam ao navegante em que direção à embarcação pode encontrar águas
seguras e mais profundas. Não possuem um formato específico que os
caracterizem, porém adotam normalmente a forma pilar ou charuto. São
sempre pintados com faixas horizontais amarelas e pretas e suas marcas
de tope, formadas por cones duplos, são sempre pretas.
SINAIS DE ÁGUAS SEGURAS
Indicam que em torno desses sinais às águas são seguras, porém não
sinaliza um perigo. Podem ser usados, por exemplo, como sinal de meio de
canal.
SINAIS DE PERIGO ISOLADO
Indicam os perigos isolados, de tamanho limitado, significa também, que as águas em volta desses perigos são navegáveis.
SINAIS ESPECIAIS
Apesar de não terem como principal propósito o auxílio à navegação,
os sinais especiais indicam uma área ou característica especial
mencionada nos documentos náuticos e normalmente são de importância para
a navegação.
SINAIS LATERAIS
Os sinais laterais indicam os lados de boreste e bombordo do caminho a
seguir, geralmente são utilizados onde haja bifurcação de canal, para
distinguir o canal preferencial.
SISMAT
Abreviatura de Sistema do Material da Marinha Mercante.
SISMIÚDA
Abreviatura de Sistema de Embarcações Miúdas.
SITUAÇÃO DE RODA A RODA
É quando duas embarcações de propulsão mecânica estiverem se
aproximando em rumos diretamente opostos, proa com proa, ou quase
diretamente opostos, em uma condição que envolva risco de colisão.
SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS
É quando duas embarcações a propulsão mecânica navegam em rumos que se cruzam em situação que envolva risco de colisão.
SOBREQUILHA
É uma peça colocada em cima da quilha em todo o seu comprimento, servindo como reforço da estrutura da embarcação.
SOLAS
Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
SONDA
A sonda ou ecobatímetro é um aparelho eletrônico utilizado para determinar a profundidade através de um sinal eletroacústico.
SOTAVENTO
Direção por onde sai o vento, oposto a barlavento.
T
TÁBUA DAS MARÉS
É uma publicação náutica anual da Diretoria de Hidrografia e
Navegação – DHN que fornece todas as informações sobre alturas da maré
nas baixa-mares e preamares, bem como as horas em que elas ocorrem. Isto
para todos os dias do ano, nos principais portos do Brasil e em alguns
portos estrangeiros.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
É o termo onde o proprietário da embarcação assume a responsabilidade
pelo cumprimento dos itens de dotação especificados para a sua
embarcação e da observância dos requisitos estabelecidos na NORMAM 03.
TESAR O CABO
Esticar o cabo.
TIE
É o Título de Inscrição de Embarcação.
TIMONEIRO
O timoneiro não é necessariamente o Comandante da embarcação. É o
tripulante que manobra o leme da embarcação por ordem e responsabilidade
do Comandante.
TRAVÉS
Local a meia nau na embarcação, podendo ser a bombordo ou a boreste.
TRAVESES
De acordo com seu posicionamento em relação à embarcação as espias
são denominadas de lançantes, espringues ou traveses. Os traveses servem
para evitar que a embarcação saia do cais.
TRIM
É a inclinação para uma das extremidades da embarcação, de proa ou de popa.
TRIMADA
A embarcação está trimada quando navegando sem inclinação ou banda
para nenhum dos lados, neste caso, o calado a vante e a ré são iguais.
TRIPULANTE
Todo amador ou profissional que exerce funções, embarcado, na
operação da embarcação. O tripulante não necessita ser habilitado, desde
que suas funções a bordo não o exijam.
U
UNHAR
Quando a âncora se fixa no fundo, dizemos que ela unhou.
V
VAUS
São vigas colocadas de boreste a bombordo em cada caverna.
VELOCIDADE DE CRUZEIRO
É a velocidade onde a embarcação consome menos e, logicamente, tem maior autonomia.
VIGIA
Abertura feita no costado para iluminação e arejamento dos compartimentos.
VOLTA DO ANETE
Usada para ligar o chicote de um cabo ao anete de uma âncora ou bóia.
VOLTA DO FIEL
Usada para fixar cabos em mastros e hastes.
VOLTAS FALIDAS
Usada para fixar as espias em um par de cabeços.
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